terça-feira, 6 de novembro de 2012

O Último Mestre do Ar - Dublado 2010

Sinopse:
A Nação do Fogo está em guerra com as demais nações, da Água, do Ar e da Terra. O conflito já dura um século e não há a menor previsão de quando chegará ao fim. Neste contexto, Aang (Noah Ringer) descobre ser o único capaz de controlar os quatro elementos. Ele se une a Katara (Nicola Peltz) e seu irmão Sokka (Jackson Rathbone), também guerreiros, para encontrar o balanço necessário para que a paz exista.







Elenco: Noah Ringer, Nicole Peltz, Jackson Rathbone, Dev Patel, Aasif Mandvi, Shaun Toub, Cliff Curtis.
Direção: M. Night Shyamalan
Distribuidora: Paramount Pictures
Estreia20 de Agosto de 2010


Trailer:

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Duração: 1h43min



Crítica:
O Último Mestre do Ar (The Last Airbender, 2010) é defeituoso, independente do continente onde seja exibido, mas está longe de ser o desastre nuclear que a crítica dos EUA pintou. Não dá pra julgar o filme sob a ótica do espetáculo se a sua proposta é o minimalismo e a interiorização. Aliás, nesse ponto, o longa é o avesso da série animada que lhe deu origem, que recorre ao humor o tempo todo, como um escape, para aliviar o peso do arco dramático. (Comparamos o desenho e o filme mais detalhadamente no Da Frigideira.)
A síntese da política antiespetáculo de Shyamalan, se dá pra chamar assim, é a maneira como ele enquadra e coreografa a ação, privilegiando os acontecimentos no segundo plano e a fluidez dos planos-sequências. É uma atitude zen por excelência - a luta de Aang (Noah Ringer) não é contra a Nação do Fogo, mas para superar o luto, encontrar sua paz interior etc. Centralizar o herói no primeiro plano e ver como ele reage (ou como não reage) a tudo o que acontece panoramicamente ao seu redor é o teste que Shyamalan impõe à concentração de Aang.
Fazer cinema zen de ação é uma contradição de termos? Talvez. Mas as escolhas de mise-en-scène têm sua justificativa; é no roteiro que está o ponto fraco. Os filmes anteriores do diretor lidavam com um volume restrito de informações - na verdade, no suspense, o essencial é omiti-las o máximo possível. Já em O Último Mestre do Ar, o primeiro trabalho de Shyamalan com um roteiro adaptado, a quantidade de dados é consideravelmente maior - afinal, toda a primeira temporada do desenho é condensada. No fim, a exposição acaba dominando a cena.
Isso significa que a maioria dos diálogos serve a um propósito funcional: sempre existe alguma informação a ser transmitida, e até na última fala do filme recebemos dados novos. Quem conhece o desenho talvez não se sinta tão perdido na torrente expositiva. Quem não conhece pode sair de O Último Mestre do Ar com a sensação de ter se afogado no didatismo.

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