terça-feira, 6 de novembro de 2012

Alice no País das Maravilhas - Dublado 2010

Sinopse:
Alice (Mia Wasikowska) é uma jovem de 17 anos que passa a seguir um coelho branco apressado, que sempre olha no relógio. Ela entra em um buraco que a leva ao País das Maravilhas, um local onde esteve há dez anos apesar de nada se lembrar dele. Lá ela é recepcionada pelo Chapeleiro Maluco (Johnny Depp) e passa a lidar com seres fantásticos e mágicos, além da ira da poderosa Rainha de Copas (Helena Bonham Carter).


Elenco: Johnny Depp, Anne Hathaway, Michael Sheen, Alan Rickman, Mia Wasikowska, 
Helena Bonham Carter, Stephen Fry, Crispin Glover, Christopher Lee, Timothy Spall.
Direção: Tim Burton
Distribuidora: Disney
Estreia: 21 de Abril de 2010.


Trailer:

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Duração: 1h48min



Crítica:
Um dos grandes diretores do cinema contemporâneo, Burton tem essa limitação recorrente na parte mais frágil de sua obra, em trabalhos como A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça e Planeta dos Macacos. Existe um esforço tão grande para criar um visual arrebatador, para conceber personagens originais, que parece sobrar pouca energia para construir uma história interessante.
Em Alice, o problema se repete. Burton conseguiu mais uma vez imprimir um olhar original para um universo já conhecido - como já havia feito nos dois primeiros filmes da série Batman ou em A Fantástica Fábrica de Chocolate. Em vez de simplesmente transpor para a tela os livros de Lewis Carroll sobre o personagem, o cineasta imaginou Alice voltando ao país das maravilhas já adulta, para escapar de um pedido de casamento que ela quer recusar.
Ali ela tem sua identidade questionada por seus antigos companheiros de aventuras. Será ela a Alice "verdadeira", a antiga Alice? Se for, então talvez ela seja capaz, com a ajuda do Chapeleiro Maluco (Johnny Depp), de enfrentar um monstro terrível e tirar o país das maravilhas de um período de trevas, iniciado quando a Rainha Vermelha (Helena Bonham-Carter) tomou o poder da Rainha Branca (Anne Hathaway).
Burton imprime ao filme um tom mais aventureiro do que fantástico, mais O Senhor dos Anéis e menos a Alice da Disney. É um olhar original. Mas isso é apenas um ponto de partida, não é a garantia de um bom filme. Burton montou seus cenários fantásticos, criou seres incríveis para habitá-los. Mas não conseguiu lhes dar vida. Seus personagens se movem desarticuladamente, como marionetes nas mãos do diretor.
Até mesmo Depp, que estabeleceu com Burton uma das parcerias mais frutíferas do cinema atual, está longe de sua habitual excelência. Seu Chapeleiro Maluco é apenas uma soma de trejeitos, uma caricatura exangue. Assim como a Rainha Branca criada por Hathaway. A única que consegue injetar um pouco de vida em seu personagem é Bonham-Carter, mulher de Burton na vida real.
O país das maravilhas de Burton não é aquele delírio lisérgico imaginado por Carroll, mas um universo paralelo criado pela própria Alice para escapar de uma existência conformada e previsível. Como outros filmes do cineasta, Alice é uma apologia da imaginação. Mas, infelizmente, não é um triunfo de imaginação. 



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