Sean (Josh Hutcherson) capta uma mensagem codificada, que vem de uma ilha onde não deveria existir nenhum tipo de vida. Curioso, Sean decide arrumar as malas para resgatar o habitante desconhecido antes que ondas sísmicas afundem a ilha. Sem conseguir conter a curiosidade do garoto, seu padrasto (Dwayne Johnson) embarca nesta aventura, levando sua filha (Vanessa Hudgens), uma jovem linda e determinada por quem Sean está caidinho.
Trailer:
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Duração: 1h33min
Crítica:
Assim como acontece no longa de 2008, a história começa com Sean (Hutcherson) cheio de rusgas com um adulto, para logo em seguida mostrar os dois envolvidos em uma aventura verneana, cada vez mais próximos. Tudo começa com a quebra de um código, que desta vez leva à tal Ilha Misteriosa do título do livro de Júlio Vernes e também do filme. Mas, para chegar lá, são necessárias também informações contidas em outros dois livros de ficção, A Ilha do Tesouro (de Robert Louis Stevenson) e As Viagens de Gulliver (de Jonathan Swift). Segundo a trama do filme, todos os lugares, na verdade, tratam-se da mesma ilha.
Para chegar às coordenadas exatas de onde deveria estar a ilha, Sean e Hank, têm de contratar o serviço aéreo de Gabato (Luis Guzmán) e Kailani (Vanessa Hudgens) e assim é formado o grupo que vai enfrentar um furacão e cavernas cheias de insetos dos mais variados tamanhos até enfim encontrarem o avô de Sean, Alexander Anderson (Michael Caine).
A ideia de juntar elementos das três ilhas fictícias em uma só história é boa e gera um cenário muito interessante. Porém, o banquete de informações e possibilidades leva a uma história com ritmo acelerado demais, que precisa ficar se explicando o tempo todo antes de partir para a próxima situação. Assim os aventureiros passam rapidamente por Atlântida, cenários liliputianos e têm de correr ainda mais para chegar à Nautilus antes que a ilha inteira desapareça novamente. Cada problema (e sua solução) pode ser prevista vários minutos antes, quando um sentimento ou um elemento é apresentado na tela. É assim com o lagarto, com a enguia elétrica e também com o sonho de Kailani.
O roteiro atrapalha também os atores. Eles se esforçam até não poderem mais, tentam de todas as formas criar uma empatia com o público com piadinhas e sorrisos, mas vão afundando mais rápido do que a ilha, rumo ao fundo do mar, tal qual Atlântida. Ainda pior do que a relação filho/padrasto de Hutcherson com The Rock, só mesmo o interesse romântico do menino com Vanessa Hudgens, que só piora quando Hank resolve ter a "conversa de adulto" com Sean e o ensina os três atos fundamentais para se conquistar uma mulher.
Esperava-se ao menos que o 3D, elemento em que a franquia foi pioneira, estivesse melhor. Mas nem isso. Os efeitos e os animais fora de proporção criados por computação gráfica continuam estranhos. A riqueza de detalhes é impressionante e compatível com a tecnologia de hoje, mas falta ali uma fluidez de movimento que os deixasse mais orgânicos - algo que outros filmes já provaram ser possível. Do jeito que foram apresentados, estão mais próximos do Fúria de Titãs (o original) do que para Avatar.
Na segunda chance de apresentar o mundo fantástico de Júlio Verne a um novo público, os produtores mais uma vez parecem se preocupar mais com o cenário fantástico (e o dinheiro que o 3D pode trazer a seus cofres) do que com a fantástica história. E assim, mais uma vez, perdem as chances de enriquecer seus currículos e até mesmo seus cofres de verdade apresentando algo fora do comum. Mas, claro, nem todo mundo é James Cameron.
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