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Duração: 2h04min
Descrição:
Uma história ousada, eletrizante e cheia de tensão ambientada em um futuro próximo quando o boxe se tornou um esporte de alta tecnologia, Gigantes de Aço é estrelado por Hugh Jackman no papel de Charlie Kenton, um lutador decadente que perdeu sua chance de ganhar um título quando robôs de aço de mais de 900 quilos e mais de dois metros e quarenta de altura entraram no ringue. Charlie, então um mero e insignificante promotor, ganha apenas o suficiente, juntando sucatas de metal de robôs, para passar de uma arena de boxe para outra. Quando Charlie chega ao fundo do poço, ele relutantemente se une a seu filho afastado, Max (Dakota Goyo), para construir e treinar um competidor para disputar o campeonato. Conforme as apostas na brutal arena sem limites aumentam, Charlie e Max, contra todas as probabilidades, têm uma última chance de dar a volta por cima.
Trailer:
Crítica:
A chegada do menino deveria fazer com que Charlie entrasse na linha e inclusive largasse o boxe de robôs para se entender com Max (Dakota Goyo). Mas este seria outro filme. Um bem chato. Em Gigantes de Aço, o menino é um entusiasta das lutas entre robôs e sabe tanto ou mais que seu pai. Ele conhece a história, os grandes projetistas e é fã incondicional do número 1 do mundo, o invicto Zeus, projetado pelo japonês Tak Mashido (Karl Yune) e empresariado por Farra Lemcova (Olga Fonda), que praticamente é dona do campeonato mundial de robôs.
Depois de mais uma derrota humilhante nos ringues, quando voltam para casa com as mãos abanando, Charlie e seu filho param em um ferro velho para procurar peças para tentar montar um novo lutador com a ajuda de Bailey Tallet (Evangeline Lilly), filha do ex-treinador de Charlie. Mas quem se dá bem de verdade é Max, que encontra Átomo, um robô sparring de primeira geração.
Jackman faz muito bem o papel do pai canalha, mas carinhoso, que vai aprendendo - mesmo que com atraso - o lado bom de ser pai. A cumplicidade que vai se formando entre os dois mostra como eles estavam bem entrosados durante as filmagens. O roteiro faz o resto, mostrando que mesmo sem jamais ter convivido com o pai, Max carrega o seu DNA, que envolve auto-confiança, paixão pelo boxe e dedicação ao que ama.
Mas o que mais chama atenção no filme é mesmo a "latificina", é o óleo verde que escorre dos robôs e deixa a história ao mesmo tempo empolgante sem torná-la violenta - afinal, são só "gigantes de aço". As lutas têm uma fluidez impressionante, frutos de coreografia, captação de movimentos e muitos pixels trabalhando a favor da sétima arte. Desde o primeiro Transformers não se via personagens digitais tão orgânicos na tela - se é que isso é possível.
Quem mais lucrou com o filme foi, sem dúvida, Shawn Levy. O cineasta que antes tinha feito os dois Uma Noite no Museu mostrou que tem capacidade para ir além das comediazinhas família de Ben Stiller. Gigantes de Aço é emocionante, envolvente e já rendeu a Levy inúmeros convites para direção e tantos outros boatos de envolvimento em projetos dos mais diversos tipos.
Sylvester Stallone prestou uma ótima homenagem a Rocky Balboa ao fazer o sexto filme da sua franquia de boxeador, mas o Rocky do século 21 não é de carne e osso, mas sim de lata e pixels.
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