sábado, 22 de setembro de 2012

Sombras Da Noite - Dublado 2012

Descrição:
No ano de 1752, o casal Joshua e Naomi Collins, com o jovem filho Barnabas, partem de navio de Liverpool, Inglaterra, para começar uma nova vida na América. Mas nem mesmo um oceano foi suficiente para livrá-los da misteriosa maldição que atormenta a família. Duas décadas se passam e Barnabas (Johnny Depp) tem o mundo aos seus pés – ou pelo menos a cidade de Collinsport, Maine. Dono da Collinwood Manor, Barnabas é rico, poderoso e um playboy inveterado… até que ele comete o grave erro de partir o coração de Angelique Bouchard (Eva Green). Uma bruxa, em todos os sentidos da palavra, Angelique condena-o a um destino pior que a morte: transformá-lo em um vampiro, e depois enterrá-lo vivo. Dois séculos depois, Barnabas é inadvertidamente libertado de seu túmulo e volta para um mundo completamente diferente de 1972. Ele retorna a Collinwood para descobrir que sua propriedade, outrora grandiosa, está em ruínas. Os remanescentes da família Collins têm se saído um pouco melhor, cada um abrigando seus próprios segredos obscuros. A matriarca Elizabeth Collins Stoddard (Michelle Pfeiffer) trouxe a psiquiatra Dra. Julia Hoffman (Helena Bonham Carter) para viver em sua casa e ajudar com os problemas de sua família.


 Trailer:


PARA VER O FILME CLIQUE EM "Close to play" 

Duração: 1h53min



Crítica:
Tazer o gótico para o dia a dia e subverter as cores do subúrbio com suas monstruosidades era a especialidade de Tim Burton nos anos 80/90, e com as estreias de Sombras da Noite (Dark Shadows) e Frankenweenie neste ano o cineasta retoma esses temas - particularmente em Frankenweenie, o conto de fadas frankensteiniano, como em Edward Mãos de Tesoura (1990), e no caso deSombras da Noite, a comédia de situações familiares, como em Os Fantasmas se Divertem (1988).
A trama do filme não foge muito da premissa do seriado de TV Dark Shadows, em que se baseia. Em 1972, presenciamos a empoeirada realidade da família Collins, que dá nome à cidade de Collinsport, no Estado americano do Maine, e não tem mais o mesmo prestígio do passado. Casamentos desfeitos e crianças infelizes hoje ocupam a mansão Collinwood, mas isso muda quando um antepassado, o vampiro Barnabas Collins (Johnny Depp), desperta de um sono de 175 anos. Enquanto se habitua aos alucinados anos 70, Barnabas decide restabelecer o bom nome dos Collins - e quem sabe reencontrar o amor que perdera no passado, Josette (Bella Heathcote).
Sombras da Noite parece ser, desde o começo, um compêndio dos temas de Tim Burton, porque também absorve (na subtrama do vampiro e sua musa) o romantismo de época que se destaca na produção do cineasta nos anos 2000, em filmes como A Noiva CadáverSweeney Todd. Equilibrar esses dois filmes em um - a crônica da família disfuncional e a história de amor de inspiração vitoriana - é um desafio, e o roteiro de Seth Grahame-Smith, que sofreu com a correria das filmagens e passava por revisões no set, tem dificuldade para aguentar o tranco.
Como todo novelão, Dark Shadows conjugava na TV subtramas diversas, mas num longa-metragem muita coisa, uma vez elaborada, acaba ficando mal resolvida: há o garoto que vê fantasmas, a médica com medo de envelhecer, o drama da empresa familiar, a garota abusada em busca de um recomeço. Sombras da Noitecomeça muito bem na hora de apresentar os personagens - e o estranhamento inicial de Barnabas com a família Collins sugere que teremos uma dinâmica parecida com a de Beetlejuice com os vivos em Os Fantasmas se Divertem- mas quando as subtramas acumulam o foco se dilui.
É por isso que Sombras da Noite funciona melhor como um apanhado de boas piadas de situação (ora fazendo graça com a contracultura, ora com a cultura "oficial", kitsch, dos anos 70) do que, propriamente, como aquilo que o projeto parecia almejar no papel: ser uma homenagem à série de TV. Eva Green rouba a cena no papel da bruxa Angelique (a personagem é a melhor resolvida no texto, o que acaba ajudando) e Johnny Depp consegue dar a Barnabas uma identidade própria, que não seja só uma variação do mesmo freak sósia de Michael Jackson.
Tudo indica que Frankenweenie (versão longa de um curta de 1984 de Burton, não custa lembrar) vai se sair melhor nessa releitura das velhas fixações do cineasta com os monstros românticos de subúrbio. Vamos ver.

ATENÇÃO: Se o filme ou algo no post apresentar alguma falha, por favor nos comunique através dos comentários ou Redes Sociais. Obrigado por sua atenção !