Sinopse:
Em 1873, um estranho (Daniel Craig), sem memória do seu passado, encontra-se, sem saber por que, em uma cidade do deserto chamada Absolution. A única pista sobre sua história é uma pulseira. Logo, ele descobre que não é bem-vindo e nenhum habitante faz algo sem a ordem do coronel Dolarhyde (Ford). Ou seja, é uma cidade que vive com medo. Mas Absolution está prestes a experimentar realmente o que é medo: a cidade é atacada por alienígenas. Agora, o estranho que eles rejeitaram é a única esperança de salvação. Ele lentamente começa a se lembrar de quem ele é e de onde veio, e percebe que possui um segredo que poderia dar à cidade uma chance de lutar contra os invasores.
Trailer:
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Duração: 1h58min
Crítica:
Apostar na massificação às vezes dá certo, mas se serão empregados arcos narrativos sem surpresas, já devidamente comprovados como garantia de lucro, que ao menos o filme busque a excelência em todos os outros aspectos e procure introduzir alguma novidade.
O filme começa muito bem. Os primeiros 30 minutos, que funcionam como um Western de raiz, apresentando os arquétipos que vão mais tarde deparar-se com a inusitada ameaça do espaço, prenunciavam uma aventura dramaticamente relevante. Acompanha-se aí o "herói solitário", Jake Lonergan (Daniel Craig), despertando amnésico no deserto. Em seu pulso um bracelete metálico, no chão ao seu lado, semi-enterrada na areia, a foto de uma mulher. Ele está vestindo apenas roupas de baixo até que, depois de um breve encontro com três pistoleiros mal-intencionados, já tem roupas, armas e um propósito.
O arco clássico do faroeste - especialmente o revisionista - continua, enquanto Jake conhece outros personagens saídos dos templates do gênero, incluindo a mocinha destemida (Olivia Wilde) e o rancheiro inescrupuloso (Harrison Ford). Nesse primeiro ato constrói-se o panorama perfeito para a ação, mas quando entram em cena os alienígenas, o filme desvia-se da utilização inteligente de fórmulas de gênero para um pastiche de ficção científica sem alma.
Com tantos cozinheiros mexendo o guisado, a história aponta para uma direção, esquece de onde estava vindo e termina sem responder os mistérios mais interessantes criados (cortesia de Damon "Lost" Lindelof?). Os próprios eventos do filme espelham essa confusão. O grupo de justiceiros em determinado momento está seguindo um alien ferido. No caminho chegam índios - e aí decide-se que o mais fácil é curar a amnésia de Jake com um ritual xamânico para que eles encontrem a base alien. Mas e a criatura ferida? Não seria muito mais tranquilo continuar a seguir o rastro de sangue? Os personagens, que haviam sido tão decentemente apresentados, também padecem desse mesmo mal, mudando de personalidade conforme a trama avança, sendo a desnecessária redenção do rancheiro a pior delas.
Mesmo o que poderia salvar o filme, a ação, tem grandes falhas. Há uma atmosfera morosa durante o filme todo (que alguns integrantes do elenco parecem aceitar passivamente - onde está a surpresa ao saber que aliens existem?) que mesmo as sequências de combate não conseguem tirar. Há alguns bons momentos aqui e ali (o design das naves com seus ganchos, o navio invertido, a luta em Absolution), mas a grande batalha do clímax implode em suas pretensões de ter uma complexa ação em três frentes. Nela, o filme estabelece especialmente mal as escalas, com o número de participantes parecendo variar a cada enquadramento e as distâncias sempre mal-resolvidas, como a cena de Olivia Wilde na nave-mãe. O fato dos monstros/aliens serem apresentados como quase indestrutíveis e depois pareceram mais frágeis, quando convém ao roteiro, também é extremamente decepcionante (especialmente porque o texto estabelece uma possível fraqueza minutos antes, a visão, que não é sequer mencionada a seguir, com os aliens enxergando muito bem).
Buscar a segurança em seus investimentos é algo positivo, mas filmes como Cowboys & Aliens, provam que, sem ousadia e trabalhando no automático, não existe renda fixa que chegue quando o assunto é o cinema e a percepção do público de seus produtos.
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