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Duração: 1h40min
Descrição:
Uma década depois de heroicamente derrotar o monstruoso Kraken, Perseu – o semideus filho de Zeus — está tentando viver uma vida tranquila como pescador em uma aldeia e como pai solteiro de seu filho de 10 anos, Helius. Enquanto isso, uma batalha entre deuses e Titãs pela supremacia tem início. Perigosamente enfraquecidos pela falta de devoção da humanidade, os deuses estão perdendo o controle dos Titãs encarcerados e de seu feroz líder, Kronos, pai dos irmãos Zeus, Hades e Poseidon. O triunvirato havia derrotado seu poderoso pai há muito tempo atrás, deixando-o apodrecer no sombrio abismo do Tártaro, uma masmorra que fica nas profundezas do cavernoso submundo. Perseu não pode ignorar a sua verdadeira vocação quando Hades, junto com o filho divino de Zeus, Ares (Edgar Ramirez), quebra sua lealdade e faz um acordo com Kronos para capturar Zeus. A força dos Titãs aumenta ainda mais quando os poderes divinos restantes de Zeus são desviados, e o inferno é desencadeado na terra. Ajudado pela guerreira Rainha Andromeda (Rosamund Pike), pelo filho semideus de Poseidon, Agenor (Toby Kebbell), e o deus caído Hefesto (Bill Nighy), Perseus bravamente embarca em uma perigosa busca no submundo para salvar Zeus, derrotar os Titãs e salvar a humanidade.
Trailer:
Crítica:
Quando a Warner Bros. trocou Louis Leterrier porJonathan Liebesman na direção de Fúria de Titãs 2 (Wrath of the Titans), a ideia era fazer uma continuação mais suja e "realista" do que o Fúria de Titãs fantasioso de Leterrier. Esse objetivo foi alcançado, mas o resultado é igual a todos os outros filmes de ação sujos-e-realistas que Hollywood lança regularmente desde que Ridley Scott estabeleceu essa estética como padrão em Gladiador eFalcão Negro em Perigo, em 2000 e 2001 (aliás, Liebesman diz em entrevistas que a ideia é emular justamente Gladiador).
A trama começa dez anos depois do primeiro filme. Após derrotar o Kraken, Perseu (Sam Worthington), o semideus filho de Zeus (Liam Neeson ), leva uma vida de pescador e cria sozinho o seu filho de dez anos, Hélio. A descrença dos homens enfraqueceu os deuses, porém, e quando Hades (Ralph Fiennes) e Ares (Édgar Ramírez) fazem um trato com Cronos para capturar Zeus, o inferno do Tártaro periga se alastrar pela Terra.
Novamente Perseu reúne, então, aliados e artefatos contra criaturas mitológicas para salvar o dia. É a estrutura consagrada dos épicos de travessia, e assim como no filme de 1981 e no de 2010 a grande atração de Fúria de Titãscontinua sendo os monstros (desta vez, quimera, minotauro, ciclopes e o próprio titã Cronos). A possibilidade de vê-los no IMAX - e em uma conversão para 3D de qualidade - seria o principal atrativo de Fúria de Titãs 2.
O problema é que não dá pra ver muita coisa num filme de ação sujo-e-realista dirigido por Liebesman - que depois de Invasão do Mundo parece ter se especializado em efeitos visuais desfocados (que obviamente custam menos que efeitos em foco). Com exceção de Cronos, que enche a tela com gosto, em seus gestos lentos de lava e cinzas, os demais não oferecem a mesma graça dos velhos monstros de stop-motion de Ray Harryhausen. No caso do minotauro, só dá pra vê-lo direito quando o monstro já foi derrotado.
A culpa não é, em si, da estética suja-e-realista, e sim da falta de talento de Liebesman para filmar a ação. Nos momentos em que ele opta por um plano-sequência (quando Perseu ataca a quimera ou quando os makhai avançam sobre o exército humano), ainda dá pra acompanhar o que acontece no quadro (quase sempre as criaturas avançam frontalmente em direção à câmera, movimento que facilita a conversão ao 3D mas que se desgasta com a repetição do seu uso). Já cenas mais picotadas que exigem vários pontos de vista (como a luta na entrada do labirinto) são uma confusão de perspectivas.
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